Às vezes estamos no maior alto astral e de repente, uma simples musica nos deixa debulhando em lágrimas, ou o contrário também, e não é por que somos todos bipolares não, é mera influência da música. Se um conjunto de instrumentos e tons pode afetar desse jeito uma pessoa, o que não poderia fazer por toda uma população?
Jovens revoltosos, rebeldes e cheios de ‘nada interior’, como diria uma antiga professora, resolvem colocar seus sentimentos pra fora, mas não simplesmente falar ou escrever, eles decidem canta-los. De repente uma legião de outros jovens revoltosos e rebeldes e com não tanto ‘nada interior’ assim passam a grita-los. Surge então um estilo que define uma década inteira.
Outros não tão jovens, mas também revoltosos, rebeldes e cheios de ‘nada interior’ decidem expressar sua opinião sobre como a banda andava tocando no Brasil, mas não podiam falar ou escrever, muito menos gritar, então eles decidem compor. Não surgiu uma legião de outros revoltosos gritando suas composições, eles a escutavam baixinho na sala de casa. Surge então as melodias que contam uma história inteirinha.
Jovens não revoltosos nem muito rebeldes (talvez somente com os pais) decidem expressar seus sentimentos, alguns compõem, escrevem, outros cantam e mais alguns apenas grunem. Alguns destes têm sorte e aparecem em algum lugar. Como era de se esperar, uma legião de outros jovens se identificam tudo isso e passam a cantar, gritar e rabiscar no caderno por ai. Surge então nada muito significativo historicamente.
O que seria da música se não um mero reflexo dos desejos e anseios daqueles que a ouvem?